terça-feira, 15 de março de 2011

s.trip

bateu saudade,

e foi aquela saudade de sentiro cheiro, o toque, de querer o corpo junto. nada necessariamente, nem intensamente sexual. mais puro que isso.

aí, ela foi fumar um ciharro - a bebida não cairia bem naquele momento. precisava de algo que a matasse mais rapidamente.

aconteceu de o cigarro não ser o que espereva. só deixou o cheiro característico nos dedos.

então ela viu aquele lugar sujo. e resolveu entrar. sozinha.

- "kalimera"

- boa noite.

- ah! estrageira! boa noite!

- quanto?

- entre, entre. temos preços especiais para pessoas em sua condição.

- hm. que seria?

- esse olhar perdido.

- muito poético, mas pq os preços especiais?

- precisamos disso aqui, per say

...

ela viu o que quis ver. encontrou aqueles corpos judiados, implorando atenção, mais atençao, mais notas menores.


- olá.

- ... (aceno de cabeça)

- faz tempo que não vejo uma mulher aqui.

- vc pode fingir que não viu e passar reto.

- vc é engraçada. inglaterra?

- parece?

- seu sotaque oscila.

- muita coisa em mim oscila. mas ok. pode ser.

- vc me paresse interessante. posso lhe oferecer uma bebida?

- vá em frente.

- o preço será seu hálito.

- vai fundo.

Nenhum comentário: