bateu saudade,
e foi aquela saudade de sentiro cheiro, o toque, de querer o corpo junto. nada necessariamente, nem intensamente sexual. mais puro que isso.
aí, ela foi fumar um ciharro - a bebida não cairia bem naquele momento. precisava de algo que a matasse mais rapidamente.
aconteceu de o cigarro não ser o que espereva. só deixou o cheiro característico nos dedos.
então ela viu aquele lugar sujo. e resolveu entrar. sozinha.
- "kalimera"
- boa noite.
- ah! estrageira! boa noite!
- quanto?
- entre, entre. temos preços especiais para pessoas em sua condição.
- hm. que seria?
- esse olhar perdido.
- muito poético, mas pq os preços especiais?
- precisamos disso aqui, per say
...
ela viu o que quis ver. encontrou aqueles corpos judiados, implorando atenção, mais atençao, mais notas menores.
- olá.
- ... (aceno de cabeça)
- faz tempo que não vejo uma mulher aqui.
- vc pode fingir que não viu e passar reto.
- vc é engraçada. inglaterra?
- parece?
- seu sotaque oscila.
- muita coisa em mim oscila. mas ok. pode ser.
- vc me paresse interessante. posso lhe oferecer uma bebida?
- vá em frente.
- o preço será seu hálito.
- vai fundo.
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