em um momento masoquista puro, decidi rever as lembranças. as fotos, os textos, os presentes.
gostava de tudo, mas as palavras escritas sempre foram minha paixão. acredito que escreve-se como se sente. mas não você. não era sentimento aquilo tudo. era um vômito de tanta coisa. e isso era o que eu não entendia.
encontrei aquele poema. no papel sempre ficou guardado. algumas coisas eu simplesmente não jogo fora.
e comecei a pensar. e discuti com outra sobre.
- sabe? eu não me livro das minhas lembranças.
- e por que? quer ficar revivendo tudo? que breque na vida!
- não é bem por aí. é mais a saudade do carinho que aquilo traz.
- ...
- verdade! guardei a caixa com a carta e as bobagenzinhas também.
- mas isso foi ela quem te deu?
- foi nada. foi outra. as coisas dela você já sabe quais são.
- ...
- e guardei as flores vindas de você.
(sorriso)
- guardei o presente que comprou pra mim também.
- olhalá! tá vendo?
- sei lá. foi importante.
- pois é isso mesmo.
mas, ninguém, nunca vai entender as lembranças.
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