quarta-feira, 24 de junho de 2009

passado

em um momento masoquista puro, decidi rever as lembranças. as fotos, os textos, os presentes.

gostava de tudo, mas as palavras escritas sempre foram minha paixão. acredito que escreve-se como se sente. mas não você. não era sentimento aquilo tudo. era um vômito de tanta coisa. e isso era o que eu não entendia.

encontrei aquele poema. no papel sempre ficou guardado. algumas coisas eu simplesmente não jogo fora.

e comecei a pensar. e discuti com outra sobre.

- sabe? eu não me livro das minhas lembranças.
- e por que? quer ficar revivendo tudo? que breque na vida!
- não é bem por aí. é mais a saudade do carinho que aquilo traz.
- ...
- verdade! guardei a caixa com a carta e as bobagenzinhas também.
- mas isso foi ela quem te deu?
- foi nada. foi outra. as coisas dela você já sabe quais são.
- ...
- e guardei as flores vindas de você.
(sorriso)
- guardei o presente que comprou pra mim também.
- olhalá! tá vendo?
- sei lá. foi importante.
- pois é isso mesmo.

mas, ninguém, nunca vai entender as lembranças.

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