quinta-feira, 31 de março de 2011

formiga

eu tenho tanto
pra lhe falar
mas com palavras

(som de disco riscando muito)

sabe? conheço gente nova todos os dias. vc fica cada vez mais distante.



quase respiro.

terça-feira, 29 de março de 2011

tempo

(...)

- acho que sim...

- para com isso!

- mas é.

- justo quem!

- justo quem sim. qual o problema? o que passamos? já passamos, ué!

- eu tenho medo do que possa te acontecer...

- eu também. mas tenho mais medo de ter imaginado o que acho que senti. dela.

- dela? ela também?

- pareceu tanto.

- porra! se cuida.

- acho que pode ficar tranquila... deve ter sido surto meu. deve ter sido. surto...

- eu sempre achei que não tinha acabado.

- é impressionante o repelente natural das duas.

- e a...

- atual?

- é...

- linda, linda. não sei quanto aguento não. mas é.

- pô. não sei mais o que dizer...

- nem meu coração...

-

sexta-feira, 25 de março de 2011

sem título

porra! nunca mais vou poder te falar o que preciso?

nó na garganta...

perfeita

sabe quando vc pensa três dias depois na resposta que deveria ter dado?

terça-feira, 22 de março de 2011

rapidinha

e essa vontade imensa de fazer merda?


guardo onde?

terça-feira, 15 de março de 2011

pra entender

difícil dizer o que tem aqui guardado de vc. de vc em mim.

quer dizer,
é bem simples.

eu não consigo é dizer pra vc.

o tempo todo acho que vc vai acabar fugindo.
eu tbm tenho medo, sabe?

mas meu medo tá ficando molengo, como ficávamos as duas bem.

molengas tiranas que fomos.
um troço muito maluco.

o que é pior, é que parece que tem coisa aí tbm.

e eu nunca vou saber...



é. vamos acabr ou juntas, ou sozinhas. amizades infinitas, mas sem alguém para dvidir de verdade cama, mesa e banho...!

s.trip

bateu saudade,

e foi aquela saudade de sentiro cheiro, o toque, de querer o corpo junto. nada necessariamente, nem intensamente sexual. mais puro que isso.

aí, ela foi fumar um ciharro - a bebida não cairia bem naquele momento. precisava de algo que a matasse mais rapidamente.

aconteceu de o cigarro não ser o que espereva. só deixou o cheiro característico nos dedos.

então ela viu aquele lugar sujo. e resolveu entrar. sozinha.

- "kalimera"

- boa noite.

- ah! estrageira! boa noite!

- quanto?

- entre, entre. temos preços especiais para pessoas em sua condição.

- hm. que seria?

- esse olhar perdido.

- muito poético, mas pq os preços especiais?

- precisamos disso aqui, per say

...

ela viu o que quis ver. encontrou aqueles corpos judiados, implorando atenção, mais atençao, mais notas menores.


- olá.

- ... (aceno de cabeça)

- faz tempo que não vejo uma mulher aqui.

- vc pode fingir que não viu e passar reto.

- vc é engraçada. inglaterra?

- parece?

- seu sotaque oscila.

- muita coisa em mim oscila. mas ok. pode ser.

- vc me paresse interessante. posso lhe oferecer uma bebida?

- vá em frente.

- o preço será seu hálito.

- vai fundo.

terça-feira, 8 de março de 2011

veneza grega

era linda. linda. pros olhos de quem passase, talvez nem aparentasse tanto, mas a cativou.

tantos lugares que conversaram sobre. tantos amores que vieram e foram. e elas ali, naquele bar com tanta beleza passante.

frescura do momento, pediram bebidas. bêbadas já estavam. então, que mal faria?

e conversas jogadas fora, cada uma com seu raio de felicidade de minutos aparecendo.
até que decidiram: manteriam-se em contato para que pudessem usufruir de suas próprias companhias mais e mais vezes.


esses amores de carnaval...

quarta-feira, 2 de março de 2011

só você

ela sente da mesma forma que eu.
entendi agora como que podemos nos amar ainda, de uma forma nova.
coisa que você se mostrou absolutamente incapaz.

não digo de a ter de volta.
digo de tê-la na minha vida. e, quer saber? faço questão.

ela se mostra incrivelmente amável, preocupada, doce, forte e indefesa, tudo ao mesmo tempo.
nada de máscaras tão pesadas quanto as suas.

mãozinha... vc vai acabar solitária. sai dessa.