quinta-feira, 15 de julho de 2010

paixão

aquela beleza.
o significado forte de coisas lidas e só sonhadas.

nunca vividas.


e hoje a busca.
pela vida nova.

ilusão (o doce seria brega)

acreditei muito tempo no mesmo que você

mas sei que história pode ser fantasia.

documentários são fantasias malucas de alguém que tenta dizer a verdade.
acho que era o que eu fazia da gente.

documentário.

uma única versão dos fatos.
minha.
só minha.
que virou de muitos.
de todos que me ouviram.
te todos que te odiaram.


porque souberam
porque me querem
e bem.

longe do que era.
perto que que eu quis.
juntinho do que podia ter sido.

g.o.t.a.

era puro sexo.

suado
adrenilado
com álcool sendo desgrudado da pele a um custo cheio de querências.

arcabouço

a onda tava lá, fazendo seu trabalho de ir-e-vir.
e a rocha dura. imponente.
e a onda
e a onda
e a onda

vinham pessoas e o que mais o valha.


e a onda e a onda
no seu trabalho
no indo-e-vindo

e sempre com as pessoas, o inverno e o verão.

e a onda começou a quebrar
as barreiras
daquela rocha
que recebia tudo e todos
que iam-e-vinham


então é areia.
que fica na peneira,
mas ainda assim é macia.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

waiting for this moment to be free

you were only waiting for this moment to arive
you were only waiting for this moment to arive
you were only waiting for this moment to arive.

terça-feira, 6 de julho de 2010

- quero só te dizer que, se fosse verdade, não tiraria da vida...

- é, amada... tem razão.

passeio

- tá de sacanagem!

- tô nada.

- mas desde quando?

- faz pouco tempo... na rua.

- ah, para!

- juro. do na-da.

- e você?

- fiquei com as pernas bambas.

- e depois disso?

- fiquei com ela.
(...) sinto falta, sabe? a gente vivia muito bem. a gente ria, brincava, fazia amor, tudo era uma beleza! (...)
(...) me deu até uma vontade de qualquer dia tomar um porre e ir bater lá, dizer pra ela que ela ainda é a mulher da minha vida. (...)


é, darling... traições serão traições pra sempre.


trecho tirado do conto "na conta das palavras", de elisa lucinda.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

outra

ela estava toda lá.
inteirinha. naquela noite tava completa naquela cama.

a mulher que estava com ela desacreditava. que entrega, que montes de vontade, que corpo mexedor.
e contava: tava a barriga, estavam as pernas, o pescoço e sua nuca, mãos, dedos, boca, cabelos, gemidos.

e ela lá. toda lá.

mal sabia a mulher que estava com ela que ela estava lá porque precisava. por ela. e por sua vida pregressa.
é... uma pena a dificuldade de acreditar. ou não.